Atualmente a fotografia digital é o processo dominante. A transição do filme para o sensor já é uma questão fechada. Mesmo que alguns poucos saudosistas insistam em dizer que a fotografia digital ainda não tem a qualidade desse ou daquele filme, é inegável que, entre o lançamento da Mavica com disquete e o da  Leica M8, a tecnologia digital avançou muito e nada fica a dever à fotografia tradicional (exceto, talvez, no charme do trabalho de laboratório).

Mas esse blog não trata de fotografia digital e sim daquela fotografia que convencionou  se chamar de alternativa.

A expressão “fotografia alternativa” é ampla o suficiente para abranger todo e qualquer processo fotográfico que não seja o dominante em determinada época, seja porque foi ultrapassado por uma nova técnica mais eficiente, seja porque, ao tempo de sua criação, não passou de mais uma experiência.

Muitas pessoas pensam que se uma determinada técnica já foi ultrapassada não interessa mais conhecê-la ou aprendê-la. Isso é um enorme erro. Desconhecer a história de seu ofício é o primeiro sinal de que se está no ramo errado. Não é necessário saber fazer uma fotografia em colódio úmido, mas é necessário saber que isso existiu e, sempre que possível, saber transportar as informações desses processos e técnicas e usá-las como mais uma ferramenta junto dos 10mp de sua câmera ou dos programas e plugins que estão no seu computador.