Enquanto se instala o ôba-ôba suicida da liberação de shoppings, eu continuo em casa, esperando dias mais seguros e retomando o Calotipia – A Era dos Negativos de Papel.
Segue abaixo mais um pedaço do que está sendo feito.

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ÉDOUARD BALDUS

Nasceu na cidade de Grunebach, na antiga Prússia, em 5 de junho de 1813, e pouco se sabe a respeito dos primeiros 25 anos de sua vida. Em 1838 vai para Paris para estudar pintura e adota a grafia francesa para seu nome. Em 1856 se naturaliza francês e em 1860 recebe a Legião de Honra por conta de seus trabalhos fotográficos.

Édouard Baldus – Autoretrato. 1853

O interesse de Baldus pela fotografia se inicia por volta de 1848. Em 1851, é um dos fundadores da Societé Héliographique, e, neste mesmo ano, patrocinado pelo governo francês, parte em uma das Missions Héliographiques para documentar monumentos históricos, atuando principalmente na região da Provence.

Tornou-se conhecido na França por usar negativos de papel, tanto úmidos quanto secos, em dimensões que chegavam aos 25 cm x 35cm com os quais montava imagens panorâmicas justapondo vários negativos. Aproveitando sua habilidade como pintor, frequentemente fazia retoques nos negativos, ora suprimindo ora acrescentando elementos como nuvens ou árvores. Um de seus trabalhos mais famosos, o Claustro de St. Trophine, em Arles, datado de 1851, é o resultado de pedaços de 10 negativos diferentes recortados e montados para mostrar, ao mesmo tempo, os detalhes das sombras e das altas luzes que, por conta das limitações do processo da calotipia, seriam impossíveis de serem registrados em uma só tomada.

Claustro de St. Trophine

A qualidade das imagens em grande formato produzidas garantiu novos trabalhos patrocinados pelo governo registrar os monumentos de Paris, incluindo a construção do novo Louvre, e cidades do sudeste francês. Documenta também obras de engenharia e, em 1861, é contratado para fazer o registro da ferrovia Chemins de fer de Paris à Lyon et à la Méditerranée. A partir de 1866 até 1884, passa a se interessar pela publicação de fotogravuras como forma de difundir o hábito de colecionar fotografias. Morre em um subúrbio no sul de Paris em 22 de dezembro de 1889.

Passo de Donzère

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