(Retornando, e ampliando o horizonte.)

Scanografia é o registro digital de imagens com a utilização de um scanner. A prática, que por suas características, fica restrita ao campo da fotografia experimental ainda é pouco conhecida no Brasil.

Sua execução é bem simples, bastando que objetos sejam colocados sobre o vidro do scanner. Porém isso é justamente o grande desafio para a obtenção de uma boa imagem. O scanner é projetado para capturar imagem em duas dimensões a partir de objetos  bidimensionais (a mínima espessura de uma folha de papel é irrelevante para considerarmos essa folha como sendo um objeto tridimensional).

Por conta da pouca profundidade de campo do scanner o registro perfeito da imagem de qualquer objeto somente acontecerá naquelas áreas onde existir contato entre o vidro do scanner e partes do objeto que se deseja scanear. Onde isso não ocorrer a imagem, de acordo com sua distância do sensor, irá perder definição, depois o foco e finalmente não haverá qualquer registro. É necessário que fique bem claro que quando se fala em pouca profundidade de campo não se está pensando em centímetros. Todo o trabalho deve ser pensado considerando poucos milímetros e, em muitos casos, suas frações.

Tendo isso em mente (e obviamente considerando que o scanner tem um limite de peso que pode ser aplicado ao vidro), qualquer objeto pode ser usado para a composição de imagens que serão transformadas em scanografias. De recortes de papel à bonecas de pano, passando por flores, conchas e garfos, o uso do scanner nos aproxima um pouco mais do “fazer uma fotografia”.

A scanografia tanto pode ser aplicada de forma direta a objetos quanto de forma indireta, quando utilizada em impressões fotográficas já prontas como forma de alterá-las, criando novas interpretações da foto original.

Scanografia direta.

Scanografia indireta com movimentação da impressão durante a passagem do sensor.

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