Tenho guardados dois frascos com um pouco das soluções de citrato e ferricianeto para cianotipia. O preparo ocorreu há mais de um ano e tudo apontava para o descarte puro e simples. A solução de citrato, como só podia acontecer, apresentava uma bela camada de bolor e o ferricianeto, um pouco turvo.
Mas, como a idéia deste blog é sempre passar alguma informação para tornar a prática de processos alternativos de impressão fotográfica o mais simples possível ( e a baixo custo, também), resolvi testar se ainda poderia usar as duas soluções fazendo dois fotogramas de uma folha de amoreira.
Duas exposições: 15 e 20 minutos.
Indice UV: Extremo
Papel: Não faço a menor idéia. Como é um teste só para verificar a validade da química, melhor um papel sem pedigree, manuseado com muito cuidado, já que a gramatura não deve chegar a 200.
A escolha pelo fotograma de uma folha ficou por conta de ser uma exposição obrigatoriamente longa. Isso evita que haja um falso resultado devido a eventual subexposição.
Conclusão: Não precisa jogar fora. Mesmo depois de muito tempo a química da cianotipia. Desde que devidamente guardada em frasco escuro, ainda funciona sem qualquer alteração. Para retirar o bolor de citrato e clarear o ferricianeto, passe as soluções por um filtro de café, desses de papel mesmo.

Início da exposição. A direita o sensor de UV.

UV extremo. Agulha no batente.

A de cima, 20 minutos. A de baixo, 15 minutos. Os veios da folha ainda não tão evidentes. Talvez com 30 ou 35 minutos.
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