Uma das muitas definições que se pode dar sobre o que seja fotografia alternativa é a que a define como a prática de processos de impressão fotográfica que utiliza técnicas fotoquímicas históricas desenvolvidas ainda no século XIX. Ampliando um pouco mais o campo “alternativo”, e já no século XX, trabalhos feitos com filmes polaroid já são considerados alternativos e na medida que o tempo vai passando, qualquer fotografia que, em um futuro não muito distante, vier a ser produzida a partir da trindade revelador/interruptor/fixador, também vai entrar debaixo do guarda-chuva alternativo.
Hoje, depois de muitos malabarismos feitos com programas de edição de imagens, alguns trabalhos são apresentados com o rótulo de “fotografia alternativa”, talvez numa tentativa de classificá-los como sendo fora dos padrões normalmente aceitos pela maioria. Porém, alternativos não são. São uma realidade alterada.
Na quase totalidade dos casos somente com o uso de um software e muitos Gb de processamento ou então com um pouco de imaginação.

Este é o arquivo original. Uma exposição múltipla (3x). A primeira com a câmera posicionada na orientação retrato e com o botão do disparador voltado para o lado esquerdo. A segunda exposição, também feita na orientação retrato, porém com a câmera invertida, com o botão do disparador voltado para o lado direito. A terceira e última exposição foi o céu, também com orientação retrato.

Essa é a imagem final. As únicas alterações feitas foram a conversão para escala de cinza e ajuste de contraste. (O programa: Picasa – gratuito e sem firulas)
Não é alternativa porque é digital. Talvez alternativa porque não é usual.
Não precisa correr para o PS ou LR. Três ações mecânicas + duas digitais = Uma realidade alterada.
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