No final de semana recebi um email com o seguinte assunto: Fotos Alternativas, e um pedido para publicação no blog.
Depois das checagens de praxe, abri as imagens. Todas bem compostas e com iluminação correta. Sombrias, góticas, porém não alternativas. O que o autor das fotos chamou de alternativo na verdade não passava da aplicação de filtros e camadas de texturas feito com algum programa de edição de imagens.
Já disse isso uma vez, mas não custa repetir.
Fotografia alternativa tem a ver com o processo e não com o que está sendo fotografado.
Usar um processo histórico e já comercialmente abandonado, ( o filme está quase lá), é fotografia alternativa. Filtro de envelhecimento do PS, não é.
Usar um processo mais moderno como o polaroid transfer ou temperaprint é fotografia alternativa. Camadas aplicadas com PS para adicionar texturas diferentes ao rosto de um modelo, não é.
Este blog está sempre aberto para mostrar trabalhos de outras pessoas que se dediquem à pratica e preservação desses processos históricos, não ortodoxos, experimentais, ou qualquer outro adjetivo que se queira dar e que se convencionou de chamar Fotografia Alternativa.
E como postagem sem imagem não tem muita graça…
1 comentário
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15/07/2015 às 13:09
glauco.vieira@gmail.com
Realmente, Fabio.. o que me identifica ao caráter fotográfico alternativo por você definido é aquele relacionado ao processo. Quem pratica o digital (nada contra o meio digital) imagina que chegou ao mesmo fim (do alternativo) utilizando o processo digitalizado. Sem nenhuma ortodoxia, o barato dos processos anteriores ao digital está no modo de fazer; naqueles passos que nos evoca a refletir para as escolhas e variáveis de cada etapa. Só em estudar cada processo alternativo aprende-se muito de história e de fotografia!