Como já foi dito antes, dentre todos os processos históricos ou alternativos talvez a cianotipia seja o mais versátil, podendo ser aplicada praticamente sobre qualquer superfície que absorva a solução.

Recolhido em uma caçamba de entulho, parte de uma caixa de madeira serviu para um primeiro teste. Além de dar outro destino ao que seria despejado em algum lixão, as possibilidades de uso dos veios e da textura da madeira na composição da imagem justificam, o que na visão de alguns, é simples “catação de lixo”.

Porém alguns cuidados são necessários. Nesse primeiro teste foi observado o seguinte:

– A madeira tem que estar completamente seca e sem qualquer vestígio de umidade. Se isso não acontecer, a reação de oxidação da solução se inicia logo após sua aplicação causando o escurecimento de setores da madeira antes de sua exposição.

– A superfície deve ser previamente lixada para que fique o mais nivelada possível, garantindo o contato integral do negativo com a madeira. 

– A exposição deve ser feita com a luz incidindo diretamente sobre o conjunto. Mesmo com índices altos de UV, a exposição feita na sombra requer mais tempo o que pode implicar na formação desigual da imagem.

– Mesmo com um nivelamento razoável da superfície a placa de vidro utilizada deve ter peso suficiente para garantir o contato. A espessura do vidro deve ser superior a 3mm. 

– A lavagem deve ser feita imergindo-se a peça por inteiro na água. O uso de mangueira, por não atingir a peça de modo uniforme, acaba por criar veios azuis por onde a água escorrer.

 

 

Tempo de exposição em área sombreada foi de 20 minutos.

 

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