Processos históricos e alternativos carregam um risco para os fotógrafos que os praticam.
Não estou falando do contato direto com os químicos envolvidos nem da exposição excessiva à radiação UV, para isso existem luvas, máscaras e protetor solar. O risco é outro, bem mais sutil.
A empolgação da (re)descoberta de um processo qualquer, a pesquisa e estudo das fórmulas e dos diferentes tipos de papeis, não podem servir como desculpa para a execução de fotografias mal feitas.
A falta de cuidado na composição, as exposições feitas, por pura preguiça, no automático e a falta de conhecimento da principal ferramenta que é a luz terminam por prejudicar toda a preparação para se fazer uma impressão usando qualquer processo alternativo.
Um papel salgado preparado com todo o cuidado quanto ao papel e as medidas exatas dos reagentes, exposto, “revelado” , fixado e lavado com os tempos certos, será somente um exercício fútil de virtuosismo técnico se a fotografia escolhida for ruim, e nada além disso.
(Isso também vale para a turma do “Depois eu conserto no photoshop.”
Conserta p**** nenhuma!
Fotografia mal feita vai sempre ser uma fotografia mal feita e pouco adianta macaquear as deficiências com meio quilo de programas, máscaras e filtros.)
1 comentário
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23/11/2011 às 14:47
rodolfo
Eu até pensei inicialmente que você iria se referir ao bichinho que penetra no espírito, fazendo com que as pessoas se apaixonem pelos processos históricos…(meu caso goma).
Bom… na minha opinião, todos estamos muito exigentes com a qualidade das imagens em geral… então torna-se uma grande estupidez as pessoas se prestarem a produzir uma imagem com um dos processos históricos, que normalmente é bastante trabalhoso, partindo de uma foto mal tirada. Não tive ,ainda oportunidade de ver um caso assim, desconsiderando os casos em que a pessoa apenas experimentam para dizer que fizeram… Normalmente é tudo improvisado, sem possibilidades de controle. o que não justifica partir de uma foto ruim..abç