Como já disse algumas vezes, qualquer pessoa que pense em se aventurar no caminho da fotografia alternativa deve star preparada para estudar, experimentar e, quando necessário, improvisar.
Conseguir papeis fotográficos tradicionais está ficando cada vez mais difícil. Então, como forma de contornar essa situação, podemos fazer o nosso próprio papel.
Existem várias fórmulas (algumas até de execução bem complicada), mas como a intenção aqui é a de manter tudo o mais simples possível para que qualquer um possa fazer, abaixo seguem as instruções de como preparar um papel fotográfico, para cópias por contato, com uma emulsão de cloreto de prata. ( gas paper/ gaslight paper)
Inicialmente prepare uma solução a 12 % de nitrato de prata. Em 80ml de água dissolva 12 g de nitrato de prata. Uma vez completamente dissolvido, complete com água até o volume de 100ml. Alguns autores contemporâneos indicam que a água deve ser destilada ou desmineralizada. Já preparei essa solução tanto com água comum, saída diretamente da torneira, quanto com água destilada. Não existe qualquer diferença perceptível.
O segundo passo é, em 250ml de água quente, dissolver um pacote de gelatina comum, Incolor e sem sabor, juntamente com 5g de cloreto de sódio (sal de cozinha) e 2g de ácido cítrico. Quando tudo estiver dissolvído o recipiente usado deve ser mantido em banho-maria a uma temperatura entre 50 e 55 graus.
HORA DE APAGAR AS LUZES.
Para que não se trabalhe na escuridão total, uma lâmpada de segurança vermelha pode ser acesa. Apesar da reação do cloreto de prata a luz ser bem mais lenta do que os papeis a base de brometo, a mesma deve ficar a pelo menos 4 metros de distância de onde se está trabalhando.
O passo seguinte é adicionar a solução de nitrato de prata à gelatina. Isso deve ser feito de forma lenta e constante. Nesse momento o líquido toma um aspecto leitoso resultante da formação do cloreto de prata.
Agora é só deixar que a emulsão “amadureça” . (Essa providência é fundamental para a formação regular dos cristais de cloreto.) A emulsão deve ser deixada por 20 minutos no banho-maria na temperatura indicada acima ( 50 a 55 graus).
Uma vez pasado esse tempo é só guardar a emulsão, envolta em um saco de plaśtico preto, na geladeira.
Para usar, basta que se retire do recipiente a quantidade desejada liquefazendo-a em banho-maria.
Sua aplicação no papel pode ser feita com uma trincha comum.
Uma vez seco o papel está pronto para ser usado.
ATENÇÃO!
Sempre que for usar a emulsão para preparar os papeis a única iluminação deve vir da lâmpada de segurança vermelha!
Os papeis preparados com essa emulsão não servem para ser usados com ampliadores. As cópias devem ser feitas por contato.
A revelação, interrupção e fixação é feita da mesma maneira de qualquer outro papel fotográfico.
Abaixo, um teste: o tempo de exposição foi de, aproximadamente, 4 segundos. A fonte de luz foi uma lampada incandescente de 60w a 3 metros de distância.Revelação com a fórmula do ANSCO 125 a 20 graus, sem diluição. Papel Canson 200g.
55 comentários
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27/10/2018 às 4:02
Aparecida Jeanne Paz de Mattos
Olá, seu blog me ajudou muito, pois estou muito tentada a apresentar a fotografia analógica para os meus alunos na feira de ciências!
Tu poderia me ajudar? Vamos fazer uma câmera pinhole, acha que o resultado seria bom?
Tem algum outros post sobre a revelação?
Grata!!
30/10/2018 às 10:44
alternativafotografica
Bom dia, Professora!
Me perdoe, mas vou jogar um pouco de água na fervura.
Apesar de ser aparentemente fácil, a fotografia pinhole tem alguns pontos que podem ser bem frustrantes para quem nada ou pouco sabe sobre fotografia tradicional. Filmes pb já não se encontram com tanta facilidade, e mais difícil ainda é encontrar o papel fotográfico. ( Isso sem falar na química – revelador/stop/fixador).
E ainda mais um ponto, você tem disponíveis tanques para revelação e ampliador?
Se você quer despertar algum interesse em seus alunos, talvez a construção de uma câmera escura possa ser o primeiro passo. É bem mais fácil de conseguir os materiais necessários e mostra os princípios básicos da formação de imagem. Isso te daria mais tempo para organizar uma incursão na fotografia pinhole.
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/construcao-uma-camara-escura-orificio.htm
Mais uma vez, desculpe-me por jogar água na fervura, mas, por conta das oficinas que promovo, percebo que o interesse por processos não digitais termina muito rapidamente quando os participantes se frustram por não conseguirem os resultados imaginados por falta de entendimento básico de com funciona uma câmera e de todas as etapas do processo.
Sempre que quiser trocar alguma idéia, não hesite.
Abç
21/02/2018 às 14:51
Juliano
Desde meu último comentário realizei algumas experiências com pinhole usando o papel caseiro, contudo não foram exatamente bem sucedidas (funcionou melhor com o ampliador. Há algum e-mail que possa lhe enviar alguns exemplos?
26/01/2018 às 9:21
Juliano
Qual a ordem de adição do brometo na receita? tem que ser colocado por último?
Abraços
26/01/2018 às 12:21
alternativafotografica
Boa tarde, Juliano
Essa é uma emulsão simples que somente utiliza cloreto de sódio para a formação do cloreto de prata fotossensível. Se você quiser testar a adição de brometo de potássio para torná-la mais sensível, este deve ser adicionado depois que o cloreto de sódio estiver totalmente dissolvido.
Por outro lado, se você está se referindo à fórmula do revelador, mencionado no post, o caminho é sempre seguir a ordem indicada na fórmula, juntando cada componente após a total dissolução do anterior.
Abs.
05/10/2017 às 16:31
FMG
Olá. Qual seria o impedimento para usar esse papel para fazer ampliações? Tem alguma sugestão de papel glossy?
06/10/2017 às 20:54
alternativafotografica
Copiando a mesma resposta feita ao Gabriel,.
~Esse papel de cloreto nao responde bem ao uso de ampliador pois a intensidade da luz do mesmo acarretaria em um tempo muito longo de exposicao. Os papeis de cloreto eram denominados de gas light paper e tinham uma sensibilidade muito baixa. Para uso de um ampliador o papel tem que ter uma carga de brometo de prata ( papeis de cloro-brometo) ou somente brometo, em uma concentracao maior. Nesse caso o processo de elboracao da gelatina seria um pouco mais complicado.~
Para ser sincero, nao conheco muito bem papeis glossy. Sempre usei papeis mate e nao teria como te dar qualquer sugestao.
07/10/2017 às 14:43
FMG
Grato pela atenção. Se resolver pesquisar a elaboração se papel fotossensível para ampliador,ficarei muito agradecido. Sobre papéis glossy, andei pesquisando e o site http://www.vsppapeis.com.br vale uma olhada…
29/09/2017 às 12:43
Gabriel
Olá. Eu gostaria de saber o porquê de não funcionar com o ampliador por favor.
06/10/2017 às 20:49
alternativafotografica
Esse papel de cloreto nao responde bem ao uso de ampliador pois a intensidade da luz do mesmo acarretaria em um tempo muito longo de exposicao. Os papeis de cloreto eram denominados de gas light paper e tinham uma sensibilidade muito baixa. Para uso de um ampliador o papel tem que ter uma carga de brometo de prata ( papeis de cloro-brometo) ou somente brometo, em uma concentracao maior. Nesse caso o processo de elboracao da gelatina seria um pouco mais complicado.
11/08/2017 às 10:45
Jacqueline
bom dia. sabe se essa emulsão adere em placa de cobre? será que essa emulsao seria fotossensivel a placa de cobre para circuitos?
obrigada abraços
11/08/2017 às 11:12
alternativafotografica
Bom dia, Jaqueline.
Sim. A emuls’ao adere e eh fotossensivel, porem eu n’ao arriscaria tentar usa-la para a impress’ao de circuitos. Pelo fato de cobre n’ao ser como o papel (poroso), existe uma grande possibilidade de algum descolamento quando da fixa;’ao.
(Desculpe, meu teclado estah desfigurado)
11/07/2017 às 18:33
Marcela
Fabio, você sabe se é possível usar o papel emulsionado com gelatina de prata em uma câmera pinhole? Você já testou?
18/07/2017 às 11:56
alternativafotografica
Bom dia, Marcela
Pode ser feito sim. O cuidado que deve ser tomado [e quanto ao tempo de exposi;’ao. Por ser um papel muito lento procure fazer as fotos em dias de sol bem forte.
21/07/2017 às 13:05
Marcela
Obrigada pelas dicas, Fabio. Vou testar. Um abraço!
05/07/2017 às 21:43
THIAGO DE ANDRADE DAS NEVES
Olá…
Curti essa “receita” para papel fotográfico…
Eu não conheço nada a questões técnicas de fotografia e afins… Eu faço curso de química e achei interessante essa produçãi alternativa…
Eu queria fazer um pergunta… talvez boba… se esse papel fotográfico poderia ser usado em uma câmera também artesanal… como câmeras que fazemos com lata ou caixa de sapato?…
E também se eu entendi corretamente que nessa caso se torna desnecessário a utilização de filme… sendo assim… a imagem captada e registrada diretamente no papel fotográfico…
Agradeço desde… e o parabenizo pela iniciativa…
06/07/2017 às 17:27
alternativafotografica
Oi Thiago.
Te respondi via email.
Abs
03/04/2017 às 22:39
leonardo
olá… parabéns pelo trabalho!!! sou físico e entusiasta da fotografia analógica. Uma pergunta, para montar uma iluminação de segurança o senhor sabe se gelatina de iluminação serve? Se sim qual? O senhor sabe qual a faixa de frequência da luz visível onde esta emulsão sofre reação?
04/04/2017 às 10:20
alternativafotografica
Olá, Leonardo.
Grato por sua visita ao blog.
Sim. Gelatina de iluminação pode servir como luz de segurança para esta emulsão. Deve ser vermelha equivalente ao filtro 25 ou 25A da série preto e branco e sempre de forma indireta, ou seja, nunca diretamente posicionada sobre a área de trabalho.
A emulsão descrita é ortocromática reagindo com todo o espectro visível, (exceto o vermelho), até o ultravioleta.
05/04/2017 às 10:08
leonardo
muito obrigado… testarei com meus alunos no cefet itaguaí… assim que tiver algum resultado, se for do interesse divido com vocês!
grande abraço
01/01/2017 às 0:50
Pedro Rickson
Amigo preciso de ajuda urgente para criar um filme de 35 mm
Em Preto e Branco para uma câmera de cinema sendo que a imagem tem que ser gravada na velocidade de 24 quadros por segundo como posso fabrica-lo obrigado e boa noite.
01/01/2017 às 14:04
alternativafotografica
Lamento não poder te ajudar, Pedro. Realmente nunca tentei fazer filme em acetato para still, muito menos para cinema.
Talvez uma saída seja você tentar encontrar no Mercado Livre ou então nas lojas da Rua Conselheiro Crispiniano, em São Paulo, alguns rolos de filme 35mm para ser rebobinados nos cartuchos de 36 poses.
03/01/2017 às 19:36
Pedro Rickson
Mas vc conhece algum papel fotográfico que eu possa expor a luz por menos de 1 segundo e a foto fique registrada no papel
10/01/2017 às 6:34
alternativafotografica
Não, Pedro.
Os papeis fotográficos têm um ISO muito baixo. Não se prestam para substituir um filme nas condições que você quer.
25/10/2016 às 21:06
Fernando Cardoso
Olá, na ‘receita’ você diz 12g de nitratato de prata para 100ml de água, eu gostaria de saber se por acaso eu colocasse 200ml de agua, a fotografia ficaria ‘apagada’? Grato
29/10/2016 às 11:07
alternativafotografica
Se você aumenta a diluição do sal no meio, a conclusão logica é essa. A quantidade de moléculas de cloreto de prata fotosenssível será menos através da área do suporte.
13/10/2016 às 12:30
Gelatina de Ferro | Alternativa fotográfica
[…] sabendo que é possível preparar a emulsão fotossensível com sais de prata na cozinha de casa, por que não tentar fazer a mesma coisa para a química da […]
25/11/2015 às 17:20
Rosana
Quero fazer adesivos de unhas mais resistentes e pensei nessa alternativa , é viável?
26/11/2015 às 8:31
alternativafotografica
Não acredito que seja possível, Rosana.
O tipo de papel utilizado é muito grosso e pesado.
28/10/2015 às 15:33
Bruna Soares
Olá, adorei a dica, pois estava justamente procurando como fazia isso para um trabalho, só fiquei com uma duvida, como é ocorrido a revelação em uma camara escura e com filme em cima?
11/06/2015 às 1:13
rodrigo torres
Muito legal sua publicação. Eu tenho um minilab Noritsu. Vc acha que seria possível fazer o papel fotógrafico para ser impresso nesse equipamento??
11/06/2015 às 10:51
alternativafotografica
Bom dia, Rodrigo
Não creio que um papel fotográfico artesanal possa ser utilizado em qualquer equipamento comercial. A estrutura física do papel talvez não seja compatível com os ajustes de avanço da máquina, mas principalmente, porque a química do artesanal e a forma como é depositada no papel difere muito das camadas de emulsão dos papéis industrializados.
14/04/2015 às 15:10
rbustama
Boa Tarde,
Você já testou fazer esta revelação em alguma outro material, por exemplo madeira?
Grato,
Renato Bustamante
14/04/2015 às 16:14
alternativafotografica
Olá, Renato
Em princípio qualquer suporte poroso pode ser utilizado,porém um cuidado é necessário. A selagem da superfície para que a emulsão não penetre muito fundo.
O próprio papel fotográfico comercial tem uma camada de gelatina para essa finalidade.
No caso da medeira, além desse cuidado, deve ser levado em conta a eventual reação dos componentes da resina com as químicas da emulsão e e de cada um dos banhos (revelador, interruptor e fixador).
Já testei madeira com cianotipia. Inicialmente não selei a tábua e a emulsão desceu bastante entre as fibras. O resultado foi que mesmo depois de lavada a reação continuou e a imagem desapareceu por completo. Em outro teste usei gelatina como selante e o resultado foi um pouco melhor. Se vc fizer algum teste, por favor me diga quais os resultados.
A propósito, teu pai é o Marcos Bustamente?
15/04/2015 às 11:42
rbustama
É sim, que coincidência, você conhece ele?
Comecei a trabalhar com ele, na Bustamante Maquetes e estou buscando algumas inovações. Como temos que marcar muitas coisas em chapas de madeira estou procurando um produto que eu possa passar na chapa e com um projetor fazer uma “revelação fotográfica” gravando as linhas.
Ainda estou pesquisando, achei um produto chamado liquid light da rockaloid, mas para utilizar em uma área muito grande ficará muito caro.Por isso estou procurando alternativas mais baratas.
15/04/2015 às 13:41
alternativafotografica
O Marcos e eu estudamos juntos no São Bento, no Rio de Janeiro. Se vc procurar no FB dele, estou na lista de amigos.
Não creio que um processo especificamente fotográfico possa te ajudar pois envolve uma série de banhos , e como vc falou em área muito grande isso seria um baita problema para o manuseio da peça, além de um bom tempo perdido na sua secagem.
Tente ver alguma coisa com serigrafia. Pode ser um pouco mais trabalhoso na execução das matrizes, mas o resultado, depois de aplicada, é bem mais rápido.
26/12/2014 às 11:25
jean fabio cerqueira
Olá Fábio, parabéns pelo blog e pelo post em particular. Li atentamente suas explicações e concordo contigo sobre a necessidade de experimentarmos o suficiente para estarmos seguros do processo da fotografia em sua essência mais elementar. Fiquei com uma pequena dúvida a respeito da possibilidade de usar o papel criado a partir desse processo para fazer fotos pin hole. Fico agradecido se puderes responder minha dúvida. Abraço e sucesso.
26/12/2014 às 14:49
alternativafotografica
Boa tarde, Jean
Acabo de responder ao comentário do Fernando quanto ao uso desse papel para fotografia pinhole. Nada impede seu uso, desde que ajustada a exposição ( Tanto para a execução do negativo, quanto a da cópia positiva.) Também possível tornar o papel mais “rápido” com a adição de brometo de potássio (=/- 5g) e tomando o cuidado de manuseá-lo no escuro.
Grato por seu contato e me diga sobre os resultados.
25/12/2014 às 23:06
FERNANDO MULLER
Boa noite. Tive a felicidade de encontrar este blog. Mas fica uma pergunta, se é possível utilizar este papel para produção de fotografia “pinhole”?
26/12/2014 às 14:42
alternativafotografica
Boa tarde, Fernando
Em principio não há nada que impeça o uso para fazer uma foto pinhole. Porém como se trata de um papel muito lento algum ajuste no tempo de exposição talvez seja necessário. Outra coisa, se for usar o negativo obtido para fazer a cópia positiva, a intensidade da luz a ser utilizada deve ser muito alta por conta da espessura do papel ( se usar um 300g ).
Você também pode alterar um pouco a fórmula para tornar o papel mais “rápido” com a adição de brometo de potássio – em torno de 5g – e tendo o cuidado de manuseá-lo no escuro. A combinação cloreto+brometo, torna o papel bem mais sensível a luz.
Boa sorte e não hesite em fazer contato.
07/11/2014 às 10:49
Tarsila
Quantas folhas rende essa solução?
obrigada
09/11/2014 às 21:28
alternativafotografica
Olá, Tarsila
O volume indicado pode ser usado para recobrir, aproximadamente, 25 folhas A4.
26/09/2012 às 18:53
Christianne Maria Barreto Corrêa
Oi, eu moro em Olinda-Pe, gostaria de saber aonde posso encontrar o nitrato de prata, a gelatina , e o ácido cítrico. Faço faculdade de fotografia, sou formada em química e pretendo produzir o papel fotográfico e a emulsão fotográfica para o meu TCC. Só não sei aonde encontrar as substâncias para comprar.
27/09/2012 às 18:13
alternativafotografica
Oi Christianne
Não é muito complicado. A gelatina pode ser comprada em qualquer supermercado. O ácido cítrico, normalmente se encontra em lojas de essências ou em fornecedores de material para a fabricação caseira de perfumes e sabonetes.
O nitrato de prata já é um pouco mais complicado. Farmácias de manipulação (algumas) podem preparar a solução.
Talvez em Recife haja alguma loja que venda produtos químicos no varejo. Acho que valeria a pena você dar uma pesquisada nisso.
21/10/2012 às 13:38
Christianne Maria Barreto Corrêa
MUITO OBRIGADA !!!!
23/08/2012 às 14:15
Maria Corrêa
Qual a quantidade de gelatina que é adionado o nitrato de prata?
A quantidade normal que é indicada no pacote: 12g de gelatina à 5 colheres de sopa de água fria?
23/08/2012 às 15:21
alternativafotografica
Olá Maria,
A solução de nitrato de prata deve ser juntada toda na gelatina. Veja no post, no trecho “Hora de apagar as luzes”.
Em resumo: uma solução contendo: água,cloreto de sódio e ácido cítrico, misturada com outra solução de nitrato de prata a 12%.
Qualquer dúvida é só perguntar.
23/08/2012 às 17:32
Maria Corrêa
Após feito o papel fotográfico, como foi feita a obtenção da imagem nele?
Existiriam passos detalhados de toda a obtenção de imagem e revelação?
24/08/2012 às 18:05
alternativafotografica
Reproduzo o final do post:
“Os papeis preparados com essa emulsão não servem para ser usados com ampliadores. As cópias devem ser feitas por contato.
A revelação, interrupção e fixação é feita da mesma maneira de qualquer outro papel fotográfico.”
Cópia por contato: O negativo é posto sobre o papel, com uma placa de vidro, por cima, para firmá-lo bem.
A exposição de cada negativo é única ou seja, cada negativo tem seu tempo correto de exposição. O ideal é que você prepare algumas tiras de papel fotográfico e vá testando os tempos.
A revelação é a padrão para papel pb. Você pode comprar o revelador e o fixador. Isso dependendo de onde você mora pode ser um pouco difícil, mas ainda existem lojas de foto que vendem esse material. Quanto ao interruptor, pode ser usado um pouco de vinagre comum diluído em água.
Me perdoe a indiscrição, mas você nunca teve qualquer contato com fotografia tradicional, certo?
Pergunto para poder direcionar melhor os posts futuros.
16/08/2012 às 15:40
Bruna Lemes Silva
com que papel foi feito?
16/08/2012 às 16:34
alternativafotografica
Oi Bruna,
Todo os processos fotoquímicos, sejam tradicionais ou alternativos exigem o manuseio do papel em sucessivos banhos. No caso do papel feito com gelatina de cloreto de prata, a revelação é idêntica ao dos papeis fotográficos comerciais, portanto não precisa ser um papel muito pesado. A foto acima foi feita com Canson 200g, mas se voê for bem cuidadosa pode ser usado um couché 90g.
23/11/2010 às 17:46
pedro horta
Meu caro,
Quando fala num pacote de gelatina…pode quantificar em gramas?
Um abraço e obrigado pela partilha.
Pedro
03/09/2010 às 18:23
Pedro Horta
Gostei bastante e vou experimentar, deixo contudo três dúvidas:
Qual a sensibilidade desta emulsão?
Qual o tipo de “negativo” para o contacto , filme ou papel?
Posso usar em outros materiais?
Grande abraço
Pedro
05/09/2010 às 20:17
Pedro Horta
Meu caro,
Aproveito para perguntar o seguinte:
Se esta emulsão permite a revelação normal, não posso utilizar semelhante método nos SaltPrint (todos o referem como print out-9Ou o ácido cítrico torna-o mais sensível?
Abraço
Pedro
28/08/2010 às 10:19
rodolfo
muito…muito legal, parabéns pela simplicidade do achado…
abç
rodolfo