Desenvolvida em 1840 pelo físico francês Alexandre Edmond Becquerel, essa variação do processo original criado por Daguerre é absolutamente igual no que se refere a preparação e sensibilização da placa e, depois, na fixação e eventual viragem da imagem com cloreto de ouro.
A grande diferença está na revelação da imagem. Enquanto o processo original se vale da ação de vapores de mercúrio, a variação desenvolvida por Becquerel revela a imagem pela ação direta da luz passada por um filtro vermelho.
A placa exposta é colocada sob um filtro vermelho, podendo ainda, segundo alguns autores, ser de cor laranja, e novamente exposta a uma luz forte como a do sol ( melhor opção) ou a de uma lâmpada halógena de 500W. Depois de um tempo que pode variar entre 60 e 90 minutos a placa estará revelada. O tempo exigido é bem maior que o do processo original, porém com a enorme vantagem de não ter que usar o mercúrio.
A imagem obtida através dessa variação, antes de virada, apresenta uma tonalidade fria, azulada.
Apesar de a daguerreotipia de Becquerel funcionar perfeitamente, até agora não se conseguiu uma forma de explicá-la, principalmente se considerarmos que a placa sensibilizada é ortocromática (sensível à luz azul e à radiação UV, no extremo oposto do comprimento de onda da luz vermelha usada na revelação).
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