A Química

1. Solução aquosa de nitrato de prata a 12%.

Dissolva 12 gramas de nitrato de prata em 70 ml de água e depois complete até o volume de 100ml.

2. Em 70 ml de água aquecida, dissolva completamente 6 gramas de gelatina incolor, adicione 3 gramas de cloreto de sódio e 2 gramas de ácido cítrico. Quando tudo estiver completamente dissolvido, complete o volume até 100ml.

Alguns autores indicam o uso de água destilada ou desmineralizada.

O Papel

Como em todos os processos históricos é importante que o papel a ser utilizado seja de alta gramatura para resistir as lavagens necessárias. Papeis usados para aquarela e outras técnicas molhadas são os mais indicados.

O Negativo

Por ser um processo de contato o negativo deve ter as mesmas dimensões da cópia final. Para cópias em papel salgado o negativo deve ser bem contrastado, sua densidade deve ser próxima a 2.

A Sensibilização do Papel

Os manuais do século XIX indicavam que o papel deveria ser “flutuado” sobre as soluções, porém é perfeitamente possível sensibilizar o papel com o uso de uma trincha.

Atenção: O ideal é usar uma trincha sem virola de metal já que esse reage com as soluções, porém trinchas com virola de metal podem ser usadas até o momento que comecem a apresentar os primeiros sinais de oxidação, depois disso devem ser descartadas. Utilize duas trinchas, uma para a solução salina e outra para o nitrato de prata.

Primeiramente é usada a solução de sal e gelatina. O papel deve ser recoberto de maneira uniforme, sem deixar qualquer falha.  Caso isso ocorra, naquele ponto não ocorrerá a reação química com o nitrato e a imagem final apresentará falhas. Feito isso, o papel deve ser deixado para secar em local livre de poeira.

Atenção: Marque o verso do papel para saber qual o lado onde foi aplicado o sal.

Quando o papel estiver completamente sêco é feita a aplicação do nitrato de prata. Essa operação deve ser feita em quarto escuro. Pode ser usada luz de segurança vermelha ou uma vela, posicionadas a mais de três metros do papel. A secagem também deve ser feita em local sem luz.

Atenção: Apesar de ser um papel  fotográfico lento, já é um material feito com sais de prata e portanto deve ser tratado com os mesmos cuidados dispensados a qualquer papel fotográfico.

Atenção: Use o papel sensibilizado em, no máximo, 48 horas. Dependendo das condições de guarda o papel começa a se deteriorar em algumas horas depois de sêco.

A Exposição e “Revelação”

O negativo a ser copiado deve ser posto sobre o papel sensibilizado e, entre duas placas de vidro ser exposto à luz do sol ou outra fonte qualqueer de radiação UV. Nunca é demais relembrar que, como em todos os processos históricos, o tempo de exposição irá variar em função da hora do dia e da intensidade da radiação UV.

Uma vez feita a exposição o paepl deve ser mergulhado em água corrente. O excesso de cloreto de prata será eliminado sob a forma de um precipitado leitoso. Quando a água estiver clara essa primeira lavagem pode ser terminada.

Atenção: A menos que você queira ficar com os dedos e as unhas manchadas por conta da reação do nitrato de prata com o sal  de sua pele, use luvas de borracha nessa fase do processo.

Fixação da Imagem

Uma vez lavado o excesso de nitrato a imagem deve ser fixada. Isso, para obter uma máxima permanência, de ve ser feito em dois banhos de hipossulfito de sódio a 10%. O papel de ficar no primeiro banho por, aproximadamente três minutos e, depois mais dois minutos no segundo.

Feito isso lave em água corrente por 20 minutos. Se antes dessa última lavagem você usar um eliminador de hipo esse tempo pode ser reduzido a metade.

 

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