No post anterior escrevi que Niépce utilizou uma câmera escura para realizar para fazer a suas experiências. Mas que raio de coisa é essa tal de câmera escura?
Pois bem, para simplificar. Uma câmera escura é o princípio básico de qualquer câmera fotográfica. Uma caixa, (que pode ser de qualquer tamanho, até mesmo um galpão!),com um furo em um de seus lados. A luz exterior, passando pelo furo, projetará no lado oposto a imagem dos objetos e vistas que estão na frente da caixa.

Vista do sul de Manhattan por Abelardo Morell para a revista Scientific American
Essa imagem é sempre invertida e de cabeça para baixo e se for projetada sobre alguma superfície translúcida pode ser, como de fato foi, usada para desenhar de forma bem precisa o que nela era projetado.
Apesar do princípio já ser conhecido desde a antiguidade clássica a primeira câmera obscura foi construída por Ibn al-Haitham, cientista árabe que viveu onde atualmente está o Iraque. A ele também se deve a descrição exata do comportamento dos raios de luz para a formação da imagem.

A câmera escura era utilizada para fazer esboços e desenhos
Posteriormente, em 1568, o veneziano Daniel Barbaro usou uma lente convergente no lugar do pequeno orifício, e sugeriu o uso de um disco com um pequeno buraco no centro em frente dessa lente para melhorar a imagem, ou seja, o que hoje qualquer fotógrafo faz para aumentar a profundidade de campo – fechar o diafragma da objetiva.
Em um próximo post: como montar uma câmera escura.
2 comentários
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19/05/2009 às 19:39
Eduardo à Montréal
Oi Fábio
Ah que saudade da fotografia de caixinha! Nada como pôr uma folha de papel no fundo de uma lata e obter uma foto em “grande angular”.
Parabéns pelo blog. 🙂
Abs,
Dudu
18/05/2009 às 22:37
Elimar Jacob Salzer Rodrigues
Caríssimo Fabio.
É muitíssimo bom poder ter informações desta natureza, escritas com a categoria com que você o faz, com clareza e beleza.
Estou postando comentário neste texto, mas gostei imensamente do Ano Zero também.
Vou me tornar assídua frequentadora do seu blog e repassá-lo a amigos que sei que o apreciarão tanto quanto eu.
Parabéns, Elimar.